Ídolos

Hoje está sendo um dia bem bacana. Chegou a mensagem do TopBlog sobre a indicação ao Prêmio 2010, o marido voltou de viagem, fui ao curso sobre espiritualidade e também estamos nos preparativos para o lanche das amigas e seus brinquedos, que será amanhã à tarde.

Quis proporcionar à nossa loira um dia diferente, espantando o clima gelado com calor humano e diversão com as amiguinhas. E isso me fez lembrar das reuniões que a minha mãe fazia na minha infância, em que minhas parceiras de folia e eu tomávamos suco nas panelinhas de brinquedo, conversávamos como comadres e fazíamos pose para as fotos que foram mesmo para a posteridade.

Como uma coisa leva à outra e eu sou pra lá de nostálgica…Quando fui ao aeroporto buscar o Alemão tinha uma meninada lá pelos 13 anos muito enlouquecida com seus celulares e máquinas digitais, seus gritos (histéricos) de satisfação e uma alegria contagiante porque seus ídolos estavam chegando a Porto Alegre.

Comecei a rir, lembrando que a minha mãe curtiu isso comigo, especialmente a fase do Menudo, em que fiz todos da família tomarem muito iogurte pra fazer coleção de fotografias dos rapazes de Porto Rico. E as “chegadas do Papai Noel” em estádio de futebol com direito a Xuxa, Paquitas e cantores bregas? Eu amaaava!!! – Mas isso devia ser até meus 10, 11 anos.

Minha tia Beth também foi muito bacana, fazendo muita bagunça em show do Fábio Júnior – eu não disse que tenho uma veia brega fortíssima? – comigo e a minha prima, hoje comadre.

Ter histórias pra contar é gostoso, e foi pensando nisso que percebi que desejo ter essa cumplicidade e amizade com as crianças. Uma amizade que seja assim mesmo: da mãe que acolhe as amizades, que é parceira pras bagunças e que também sabe dizer não porque é importante e porque faz parte da vida…

Voltando aos ídolos daquela galera, eram Strike, Marcelo Dourado, Chris Brown e outros que realmente desconheço. Fiquei pensando que eles deveriam mesmo valer muito a pena, já que a gurizada deixou a cama cedo para esperar por eles ou trocou qualquer outro programa para marcar presença e demonstrar sua admiração e carinho.

Fiquei pensando em quem eram meus ídolos e fiquei chocada por perceber que eles não “morreram de overdose”, como cantou o Cazuza, ele mesmo um ídolo da minha juventude… hehehe… Não que eu seja assim, uma pessoa tão gastinha… Na verdade, ele e o Renato Russo, o Thales Pan Chacon, a Cláudia Magno, o Lauro Corona, artistas que eu admirava morreram jovens e foi de AIDS. Lamentei muito.

Mas eles não foram os únicos que eu admirei, com certeza, e me dá uma certa melancolia que não quero que se instale neste corpo. Paro pra pensar quem foram os meus outros ídolos e o que foi feito deles.

Olhando pra trás e pro presente também, tenho alguns dos meus ídolos bem perto de mim: minha mãe, superguerreira, talvez seja a maior entre elas. Sempre pude contar tudo e confiar nela, mesmo quando sabia que resultaria em bronca, sermão ou lição de moral.

Como diz a minha terapeuta, eu “tive mãe”, que me mostrou muito da vida, deu limites e incentivou todas as minha iniciativas de aprender diversos esportes, de me engajar em causas, de acreditar nas pessoas e semear coisas positivas por onde passasse.

No mais, não sei se foram tantos ídolos assim, porque nunca fiquei muito cega diante de ninguém, sou muito crítica mesmo, mas curti muito a adolescência ao lado de bons amigos na escola, nas escolinhas de punhobol, vôlei, basquete etc. e nos grupos de jovens “igrejeiros” por onde passei. Talvez por viver tão envolvida com gente de verdade, não tenha tido tanto tempo de idolatrar. Curtia, mas não pirava.

Tomara que no futuro a loirinha tenha em mim uma parceira como a que eu tive na minha mãe! Pra poder aproveitar tudo isso e muito mais!

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Mudando de assunto, vou agradecendo a Chris e para a Déia pelo selinho e respondendo às questões propostas por aceitá-lo (de bom grado, diga-se!):

1) Em qual cidade você mora? Porto Alegre, RS.
2) Você trabalha em que? Invento moda, mas sou bióloga, mestre em educação pela UFRGS, que atualmente não exerce.
3) Se não trabalhasse nisso, o que faria? Estou investindo minhas fichas em ser uma profissional autônoma e ter um horário mais flexível para continuar acompanhando de perto o desenvolvimento das crianças.
4) O que mais gosta de fazer? Tantas coisas… Acho que fazer amizades e mantê-las é uma das principais. Ler, inventar, brincar e cuidar dos filhos, estudar, aprender sempre. Namorar meu marido, fazer nossos programinhas caseiros e também muito agito cultural. Adoro estar com amigos, seja pessoalmente ou pela internet. Viajar, inventar receitas novas, fazer palavras cruzadas, jogos de tabuleiro e outras atividades que estimulem o cérebro me animam muito!
5) Você trabalha em setor administrativo ou como professora? Professora.

6) Como é a sua rotina? Rotina é o que se tenta manter minimamente quando se é mãe.
7) O que faria, hoje, se ganhasse na Mega Sena? Ia viajar mais, comprar uma casa adaptada para meu irmão, que é cadeirante, e ajudaria com estudos até a faculdade para meus sobrinhos e cunhados terem mais tranqüilidade. Investiria numa ou em mais ONGs, porque adoraria continuar como voluntária. Talvez fizesse outra faculdade.

As 5 indicadas para esse selinho são:
1) Giuliana – Lulu Não dorme;

2) Lia -1, 2, 3 Saco de Farinha;
3) Rosi – Mundinho Particular;
4) Ju Dalzoto – Mil faces de Juliana;
5) Amanda – As coisas mais simples da vida.

Obrigada por compartilhar conosco, suas amigas “virtuais” a sua vida real. Beijos em todas!