Para quem duvidava…

Senhoras e senhores, respeitável público, esta é a minha cidade, Porto Alegre. Capital do Rio Grande do Sul e uma cidade linda!
Hoje, ela estava ensandecida, pois havia um evento no cais do porto, que aparece na imagem acima devido ao evento Brasil Rural Contemporâneo (http://www.mda.gov.br/feirars/), que trouxe música, gastronomia, artesanato, teatro, cursos, enfim… uma variedade de programação muito bacana.
Como nosso “centro da cidade” se localiza às margens do Rio Guaíba, foi todo mundo pra lá e, além do movimento habitual de sábado, a região do Mercado Municipal estava intransitável, difícil de acessar os estacionamentos particulares e os do evento em si.
Fiquei pensando na quantidade de gente mobilizada para prestigiar, num dia lindo e quente de sol – que chamamos de veranico de maio – no outono gaúcho e me ocorreu o quanto os espetáculos de qualquer ordem que não aparecem por aqui nem em outros estados fora do eixo Rio-Sampa-BH perdem em termos de divulgação e inclusão social. Afinal de contas, os que têm dado as caras têm preferido fazer uma seleção pelo custo e muita gente tem deixado de assistir bons programas pela exorbitância dos pressos.
Ao contrário do que (ainda!) tem gente pensando, não formamos um povo exclusivamente agrário, usando apenas bombachas e vestidos longos com saias rodadas. Não somos apenas peões de estância e prendas, também temos gostos variados e desejamos (ansiamos) por diversidade, que aqui também existe, com certeza!
Por isso mesmo, os show, peças, filmes, feiras, exposições etc. que chegam aqui deveriam prestar atenção à realidade do povo que o acolhe, claro, lembrando sempre que artistas precisam se sustentar e não vivem só de amor à profissão.
A Brasil Rural Contemporâneo, pela gratuidade da entrada, não deixou de lucrar, mas mostrou que é possível popularizar sem baixar o nível. E aqui não faço campanha alguma para candidatos a qualquer cargo público.