O REIZINHO MANDÃO

Era uma vez um rei muito popular e justo para o seu povo, um dia o rei morreu e assumiu o trono seu filho um menino muito chato e mandão.

Ele queria mandar em todas as coisas do seu reino, fez leis absurdas como dormir de gorro na primeira quarta-feira do mês e outras tantas tolices.

O tempo todo ele mandava todo mundo calar a boca, até de seus conselheiros.
O povo ficou com tanto medo dele que ninguém mais no reino sabia falar.
Quando todas as pessoas pararam de falar, ele ficou entediado.

Então resolveu ir ao reino vizinho procurar um sábio para fazer seu povo voltar a falar.
Esse sábio explicou que, para o seu reino voltar a falar era preciso achar uma criança que soubesse falar, e essa criança quebraria a maldição.

E então o Reizinho Mandão saiu em busca da criança, e acabou por encontra-lá. E ela falou: “– Cala a boca já morreu! Quem manda aqui sou eu!”.

Nesse instante o reino voltou ao normal com todos falando e alegres.

O Reizinho, dizem, foi embora na forma de sapo, esperando que uma princesa o encontre, e o transforme em um príncipe.

(Ruth Rocha, em: O Reiinho Mandão. 

Ed. FTD)                                                                                               

Que tipo de reizinhos governarão nosso mundo? Que filhos deixaremos para um mundo que pretendemos que seja sempre melhor?
Essa pergunta tem me assaltado a cada novo teste, nova tentativa de alargar os limites e de controlar os pais que vejo os meus filhos e as crianças dos outros fazerem.
Acho natural que os filhos questionem nossos motivos, nosso jeito de educar, mas acho também que precisamos manter nossos princípios em muitos momentos sem radicalismos, claro, mas deixando claro que temos objetivos com a educação que estamos dando.

Desejo que, de fato, ao persistir em não deixar para a escola que assuma o meu papel, em me escabelar muitas vezes por conta dos desafios diários que são colocados, esteja plantando os pés dos meus filhos no chão. Na realidade, onde não haverá servos a todo o momento fazendo suas vontades e baixando a cabeça dizendo amém para tudo o que eles mandarem e desmandarem.

Por isso, gente amiga… continuo engajada. Lotada de vontade de que o meu projeto dê certo, com toda a minha dedicação!!!