57ª Feira do Livro de Porto Alegre

E aí que o dia de finados foi lindo… Acho que o nome do feriado de finados deveria mudar. Não querem mudar o dia do Halloween para Dia do Saci? Então sugiro que alterem o dia de finados para dia de todos os apaixonados pela vida!


Respeito a tradição de relembrarmos os nossos antepassados e entes queridos que desencarnaram, mas o cultivo de uma tristeza ou de uma melancolia com data programada sempre achei um exagero. Sou a favor das demonstrações afetivas em vida. E orações sempre, para quem não temos mais em nosso convívio. 




Dinda Lu e o Guri da Unha Azul

Por isso hoje nosso dia foi programado para estarmos juntos, em convívio com pessoas queridas. Começamos esse dia ensolarado nos curtindo em casa, brincando de fazer diferentes chocalhos com alimentos (milho, feijão e arroz) e comparando sons. As crianças queriam brincar por aqui, pois estava meio friozinho e queriam também desenhar.




Depois um churrasquinho com uma amiga que posso dizer que é uma irmã caçula. Fomos conhecer sua casa e estavam também os padrinhos do Caio e o esposo da aniversariante. Muita conversa, risadas… e o sol convidativo foi tratando de nos chamar para algo que nós não queríamos perder: a 57ª Feira do Livro de Porto Alegre.




A vista é linda do Cais do Porto!



   






A programação é intensa e as opções são muitas: oficinas, palestras, sessões de autógrafos, apresentações de alunos, distribuição de livros, stand dos menores livros do mundo etc. Ainda bem que há mais de uma semana para podermos aproveitar tudo que ela oferece!


Menores Livros do Mundo




Tivemos a felicidade de chegar no fim da tarde, perto das 18hs, então boa parte das 200 mil pessoas que se calcula que tenham passado pela feira já tinham ido embora, nos dando um bocado de espaço para percorrer a área a que hoje nos dedicamos: o setor Infantil e Juvenil.


A Antiga Alfândega é agora
um dos locais que abrigam a Feira do Livro



Tinha de tudo no Cais do Porto, onde fica esse setor específico: homem com cabeça de abóbora (sim, Halloween nem esfriou ainda!), Alice (sim, a do País das Maravilhas), a Princesa e o Sapo todos caminhando e confraternizando entre si e com os transeuntes. Tinha contação de histórias, tinha ofertas e outros livros nem tão em conta assim… Mas a feira, que está perto de se tornar uma sexagenária, continua produzindo coisas lindas e divulgando projetos interessantes, alguns sofisticados mas outros que nos fazem pensar em como não se faz muitos mais como os que estão sendo exibidos, de tão simples que são. A Larissa foi presenteada, no stand da Secretaria de Educação, com um livro de textos produzidos por crianças do ensino fundamental em escolas públicas. Mas tinha também literatura de cordel sendo apresentada.


Intimidade com os livros:
a gente vê por aqui!


Nesse mesmo stand havia também um outro projeto em evidência: valorização de produções e cultura dos idosos. Isso é uma coisa de que pouco se fala, talvez só me lembre de algo “grande” naquela campanha que passava na TV, dos “talentos da maturidade“.  Esse é um tema sobre o qual não discorro neste momento, mas que não vou esquecer. 



Projeto de valorização da terceira idade



Nossos pequenos aproveitaram bastante e o consumismo dos nossos ávidos leitores dava a impressão de que não haveria dinheiro suficiente para tudo. Então foi momento de aprendizado para todos nós, pais que precisamos dizer não em alguns momentos e nos segurarmos também porque eles, os filhos, sabem do nosso gosto por investir nos livros, mas também precisam entender que temos outras prioridades. E nós compramos 5 bons livros mais 1 gibi da Turma da Mônica Jovem!


Essa fotografia tem autorização da escritora
Léia Cassol para ser divulgada
Assim fica ainda mais divertido ler!

Mas o ápice do nosso pôr-do-sol às margens do Rio Guaiba foi um encontro inesperado. Lalá estava do outro lado do setor quando eu estava garimpando um livro que enviamos para uma experiência de compartilhar leituras e nunca retornou, quando me dei conta de quem estava diante de mim: a autora Léia Cassol, que a Lalá ADORA! Ela tem os livros Homero, Um Passarinho Chamado Mário,  e vários outros, mas os que ela ama são os das Bruxas Merreca e Zamya! E hoje a própria autora, além de autografar o livro “resgatado”, contou a história do Aniversário da Bruxa Kika cantando um rock! Imaginam a emoção? 





Não é que a tia Gi fez a Léia igualzinha?

Tem um detalhe ainda tão saboroso quanto esse nesse encontro: olha só as ilustrações da nossa amigona Gisele, do Kidsindoors ao nosso alcance!


Manipular e poder escolher desde cedo:
formação de um público leitor



O Caio já adora nossos momentos de contação de histórias ou em que ele mesmo tenta nos contar suas versões de fatos ou de livros que escolhe, mas acho que é válido indicar para as amigas que querem um auxílio para os momentos de pouca criatividade os kits de leitura em que há um livro (claro), o cenário e os personagens, que podem ser animais, veículos etc. Como o Caio fala demais em meios de transporte, dessa vez trouxemos animais, outro tema pelo qual ele se interessa bastante. Nesse kit há sugestões de atividades, como perguntinhas e música para cantarmos com as crianças. Imaginam se ele curtiu?  




Óbvio, logo entrou em cena um
 Relâmpago McQueen para interagir!



Nosso dia foi realmente muito especial… E esse post foi escrito para estimular que quem puder, prestigie esse evento, pois ainda muita coisa está por vir e não tem que pagar ingresso para poder participar. Além disso, bem pertinho dali continua acontecendo a Bienal do Mercosul e há vários museus no nosso centro da cidade, prédios históricos que estão sendo preservados… E quem não tem o hábito de fazer programas culturais vai se surpreender com o quanto eles são interessantes, divertidos e nos enriquecem!


E para retomarmos as atividades após o feriado, umas palavras do Mário Quintana que estampavam o stand do Fundo Nacional da Educação: