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#BC: O que você faz de bom?

Hoje é dia 12 de março e logo ao olhar para a blogroll encontrei uma proposta interessante no blog da Fernanda Reali: ela dizia que a Bia, da Jubiarte, tinha convocado as pessoas a falarem do que fazem de bom.

Pode parecer estranho falar do que se faz de bom na vida, uma coisa meio vaidosa, de enaltecer a si mesma, mas não é essa a ideia. Na verdade, a intenção é mostrar como pequenos gestos são capazes de grandes mudanças, contribuições reais para que nosso mundo seja um lugar bom de se viver.

Sempre que penso no que sei fazer de bom, penso em três coisas: sou mãe, boa amiga e bióloga licenciada, ou seja: professora.

Como mãe, procuro dar exemplos – como disse a Fernanda em seu post, eles arrastam, muito mais do que os discursos convencem (e eu falo pelos cotovelos!). Seja de boas atitudes como gentileza, separação de lixo, questões de cidadania, afetividade… Mas principalmente de colocar pra pensar sobre tudo aquilo que parece banal, que “sempre foi assim” e outras ideias prontas. Assim, vejo que meus filhos, com 8 e 3 anos, não são pessoas que se deixem facilmente convencer por qualquer conversa mole. – Claro que isso me dá mais trabalho também, nem sempre o que eu digo é acatado de primeira, então tem coisas que exigem certa negociação, mas eu prefiro assim mesmo.

Como amiga, sou boa ouvinte. Quem me conhece sabe que sou solidária e capaz de encarar qualquer barra ao lado de meus pares. Mesmo quando eles nem sabem disso. Essa característica me traz alguns dissabores, mas tenho aprendido também que não posso desejar que as pessoas dêem a mim mais do que podem ou que espere delas o que eu faço, pois somos todos seres diferentes. Procuro estimular os meus amigos no que eles têm de melhor e também naquilo que nem acreditam que possam fazer. Acho que todos merecemos que pelo menos uma pessoa em nossas vidas seja assim com a gente.

Como professora, procuro não dar uma aula qualquer e sempre tenho em mente que o momento em que estou com um aluno ou professor (que é o meu público atualmente), estou com um indivíduo, que tem sua cultura, sua experiência de vida, suas questões, interesses que nem sempre são os mesmos que os que imaginava e isso exige uma certa flexibilidade, reflexibilidade, compreensão, coisas que com o tempo fui desenvolvendo, pois nem sempre fui assim.

Mas, de resto, sou daquelas que desde criança tentava salvar passarinhos, lagartas, lagartixas, patos, marrecos e tudo isso ia parar dentro de casa; paro para dar passagem para animais nas ruas ou os que passam pelas estradas; fico amiga facilmente de estranhos e vizinhos porque sou mesmo gregária e gosto de dar informações nas ruas, assim como também trato a nossa ajudante aqui em casa do mesmo modo que gosto de ser tratada: como um ser humano. E todas as pessoas que trabalharam conosco foram assim.

Aliás, essa é uma coisa que me intriga: como alguém pode tratar mal a pessoa que cuida de seus filhos, sua comida, sua casa, seus pertences e até animais de estimação?

Não vou colocar imagens nossas aqui agora, porque como tenho pressa nem vai dar pra procurar, mas creio que a imagem abaixo fale bastante sobre que tipo de pessoa sou e o que faço de bom:



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