#diadoprofessor

15 de outubro seria uma data qualquer se não tivesse sido escolhida para honrar e celebrar uma profissão que tenho a alegria de abraçar: o magistério ou, se preferirem, ser educadora.

 

Poderia discorrer sobre a importância de meus professores, em sua maioria inspiradores, ou sobre como me faz feliz pensar que faço parte da história de diversos profissionais, boa parte deles também professores. Mas, na verdade, a minha preocupação com esse post é outra.

 

Temos visto pessoas mobilizadas, pelo menos discursivamente nas redes sociais, para criticar políticos, religiosos, entidades, mas não percebo o mesmo empenho em cobrar e fazer valer direitos básicos dos seres humanos, como saneamento básico, água potável para beber e escolas com estruturas mínimas de funcionamento. Sim, há profissionais trabalhando em condições humilhantes, sem materiais didáticos, sem espaços planejados para o ensino, sem bibliotecas, mas também (e pior) sem banheiros, sem bebedouros, sem refeitório com água própria para a produção da merenda escolar e sem higiente. Portanto, há alunos nas mesmas condições. – Dá vontade de seguir em frente dessa maneira? Não, mas tem que persista porque acredita em dias melhores para todos.

 

Basta reclamar de governos municipais, estaduais e federal? O que, como comunidade, podemos fazer, para que essas escolas tenham condições de oferecer o mínimo para que as crianças se sintam à vontade, motivadas e em condições de aprender?

 

Muitas das escolas particulares são consideradas sem fins lucrativos e usam parte dos recursos obtidos com as mensalidades (cada vez mais exorbitantes) para a manutenção de estruturas, pagamento de profissionais e também, para apoiar ou sustentar entidades educacionais para crianças e jovens carentes a ela vinculadas.

 

Eventualmente doar um quilo de alimento ou material de limpeza, doar roupas nas campanhas do agasalho (sempre pensando no inverno, mas as pessoas precisam de amparo o ano todo), brinquedos na época do natal e do dia da criança não pode nos deixar com a consciência tranquila.

 

Os municípios têm como aproveitar melhor a verba de arrecadação para melhorar a situação da educação. Nós temos como decidir junto às Prefeituras como fazer essa gestão. Cada vez mais os orçamentos participativos são realidade nas cidades.

 

Deve haver mais maneiras de contribuir! Vamos arregaçar as mangas, pensar além de nossos umbigos e possibilitar que, sim, a escola pública seja uma alternativa interessante para os filhos de outras famílias e das nossas também!

 

Imagem: www.recite.com via Blog A Vida Como Ela Quer

Imagem: www.recite.com via Blog A Vida Como Ela Quer

 

Esse post é para dizer que tem gente que está se mexendo para que essa situação mude, mas que precisa de nosso movimento também.

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